domingo, 28 de junho de 2020

PORTUGUÊS 3° A

Diretoria de Ensino Região de São Bernardo do Campo

EE OMAR DONATO BASSANI

Atividade de português – 2° bimestre – Professor Leandro – Semana de 29/06 a 03/07 - 3ºA – 5 aulas

Orientações: Não precisa copiar. Responder no caderno. Enviar por whatsapp ou Email.

Habilidades:

(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/ escuta, com suas condições de produção e seu contexto sóciohistórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.

Conteúdo – Escola literária moderna e o modernismo no Brasil.

Aula planejada com base no caderno do aluno 2° bimestre.

 

O Modernismo no Brasil, semelhantemente a outros estilos de época, foi resultante de todo um contexto histórico, político e econômico que aqui circundava numa dada época. Diante desta afirmação responda as perguntas apoiado na sua bagagem social, pesquisa e no que foi aprendido até aqui. Utilize a ferramenta da internet como pesquisa e bom estudo.

 

1-    (ENEM) “Poética”, de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e propostas que representam o pensamento estético predominante na época.

Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
[...]

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

(BANDEIRAManuel. Poesia completa e prosa. Rio de janeiro: José Aguilar, 1974)

Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta:

Critica o lirismo louco do movimento modernista.
b) Crítica todo e qualquer lirismo na literatura.
c) Propõe o retorno ao lirismo do movimento clássico.
d) Propõe o retorno do movimento romântico.
e) Propõe a criação de um novo lirismo.

 

2-    (ENEM) O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos abaixo.

Pronominais

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro.

(ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988.)

“Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (...)”.

(CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.)

Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos:

a) Condenam essa regra gramatical.

b) Acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra.

c) Criticam a presença de regras na gramática.

d) Afirmam que não há regras para uso de pronomes.

e) Relativizam essa regra gramatical.

 

3-    O poema que segue é de Oswald de Andrade. Assim, sua tarefa consistirá em analisá-lo, tendo em vista, obviamente, que ele, assim como muitos outros, pertenceu à era modernista, posicionando-se firmemente diante de todo um contexto, seja esse, político, histórico e econômico. Não se esqueça de que, ao enfatizar tais características, ajuste-as a cada verso:

Verbo crackar

Eu empobreço de repente

Tu enriqueces por minha causa
Ele azula para o sertão
Nós entramos em concordata
Vós protestais por preferência
Eles escafedem a massa.

Sê pirata

Sede trouxas

Abrindo o pala
Pessoal sarado
Oxalá eu tivesse sabido que esse verbo era irregular.

4-    Tendo em vista que Ode representa uma forma poética relacionada à exaltação, leia, analise e explicite todo o conhecimento de que dispõe acerca das marcas ideológicas que caracterizaram o período modernista, subsidiando-se no poema de Ode ao burguês, de Mário de Andrade (fragmentos):

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

[...]

Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

5.- Comparando com a Era Modernista e seus autores o que você identifica na era atual? Faça uma crítica, seja ela positiva ou negativa, levando em conta a argumentação.


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