Diretoria
de Ensino Região de São Bernardo do Campo
EE OMAR DONATO
BASSANI
Atividade
de português – 2° bimestre – Professor Leandro – Semana de 29/06 a 03/07 - 3ºA
– 5 aulas |
Orientações:
Não precisa copiar. Responder no caderno. Enviar por whatsapp ou Email. |
Habilidades:
(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/
escuta, com suas condições de produção e seu contexto sóciohistórico de
circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas,
papel social do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as
possibilidades de construção de sentidos e de análise crítica e produzir
textos adequados a diferentes situações. |
Conteúdo
– Escola literária moderna e o modernismo no Brasil. |
Aula
planejada com base no caderno do aluno 2° bimestre. |
O Modernismo no Brasil, semelhantemente a outros estilos de época, foi
resultante de todo um contexto histórico, político e econômico que aqui
circundava numa dada época. Diante desta afirmação responda as perguntas apoiado
na sua bagagem social, pesquisa e no que foi aprendido até aqui. Utilize a
ferramenta da internet como pesquisa e bom estudo.
1- (ENEM) “Poética”, de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento
modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e propostas
que representam o pensamento estético predominante na época.
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público
com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de
apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que para
e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um
vocábulo.
Abaixo os puristas
[...]
Quero antes o lirismo dos
loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente
dos bêbedos
O lirismo dos clowns de
Shakespeare
- Não quero mais saber do
lirismo que não é libertação.
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio
de janeiro: José Aguilar, 1974)
Com base na
leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta:
Critica o
lirismo louco do movimento modernista.
b) Crítica todo e qualquer lirismo na literatura.
c) Propõe o retorno ao lirismo do movimento clássico.
d) Propõe o retorno do movimento romântico.
e) Propõe a criação de um novo lirismo.
2- (ENEM) O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um
poeta e por um gramático nos textos abaixo.
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
(ANDRADE, Oswald de. Seleção de
textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988.)
“Iniciar a
frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou
na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (...)”.
(CEGALLA.
Domingos Paschoal. Novíssima
gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.)
Comparando a explicação dada
pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos:
a) Condenam
essa regra gramatical.
b) Acreditam
que apenas os esclarecidos sabem essa regra.
c) Criticam a
presença de regras na gramática.
d) Afirmam que
não há regras para uso de pronomes.
e) Relativizam
essa regra gramatical.
3-
O poema que segue é de Oswald de Andrade. Assim, sua
tarefa consistirá em analisá-lo, tendo em vista, obviamente, que ele, assim
como muitos outros, pertenceu à era modernista, posicionando-se firmemente
diante de todo um contexto, seja esse, político, histórico e econômico. Não se
esqueça de que, ao enfatizar tais características, ajuste-as a cada verso:
Verbo crackar
Eu empobreço de repente
Tu enriqueces por minha causa
Ele azula para o sertão
Nós entramos em concordata
Vós protestais por preferência
Eles escafedem a massa.
Sê pirata
Sede trouxas
Abrindo o pala
Pessoal sarado
Oxalá eu tivesse sabido que
esse verbo era irregular.
4- Tendo em vista que Ode representa uma forma poética relacionada à
exaltação, leia, analise e explicite todo o conhecimento de que dispõe acerca
das marcas ideológicas que caracterizaram o período modernista, subsidiando-se
no poema de Ode ao burguês, de Mário de Andrade (fragmentos):
Eu insulto o burguês! O
burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
[...]
Ódio aos temperamentos
regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!
5.- Comparando
com a Era Modernista e seus autores o que você identifica na era atual? Faça
uma crítica, seja ela positiva ou negativa, levando em conta a argumentação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário